“Vai Fazer o Que” chocou, fez pensar e ampliou o debate especialmente sobre o preconceito
Uma das edições do “Vai Fazer o Que?” com um casal homossexual |
O “Fantástico” exibiu neste domingo a última edição da primeira temporada do quadro “Vai Fazer o Que?”, sob o comando do jornalista Ernesto Paglia. Situações como bullying e agressões físicas foram o ponto alto dessa atração cujo ideal era questionar a responsabilidade da sociedade perante um fato que está acontecendo em sua frente.
Será que realmente não nos atinge um idoso sendo maltratado na rua? Será que nossos pais não vão precisar de um cuidador? Ou a gente mesmo, no futuro? Se fechamos os olhos, então significa que podem fazer o mesmo, quando a vítima não for a pessoa ao nosso lado? E se um dia o homossexual maltratado na rua for nosso filho? Ou um irmão?
“Vai Fazer o Que?” explorou situações onde “o mundo” estava acabando em frente as pessoas e alguns passavam quase que por cima como se nada estivesse acontecendo. Não lhes atingia, então não tinha importância. Ao mesmo tempo, descobrimos pessoas incríveis, como aquela moça que defendeu o senhor cadeirante, a mulher emocionada com o preconceito contra a vendedora nordestina ou os que abraçaram o menino rebelde nesta última edição. E tantos outros exemplos.
O quadro, somado às manifestações pacíficas – não os atos de vandalismo que acabaram se sobressaindo – abrem uma discussão importante: o mundo tão violento, em parte, é reflexo de nossa falta de atitude. Os políticos, corruptos, idem. Se cada um fizer um pouco, se aprendermos a olhar pro lado, a enxergar o outro, isso pode parecer pouco, mas, quando se soma, o resultado tende a ser significativo.
“Vai Fazer o Que?” não é um formato inédito, mas, tal qual outras iniciativas, fez diferença. Um dos acertos da temporada 2013 do “Show da Vida”.
Comentários