Na TV, exame revela que ativista da supremacia branca tem DNA africano

O ativista Craig Cobb, 62
O ativista Craig Cobb, 62
O norte-americano Craig Cobb, 62, polêmico defensor da supremecia branca, topou participar de um programa na TV na qual seria submetido a um teste de DNA que comprovaria suas origens. A revelação do resultado contou com a presença de Cobb nos estúdios do "The Trisha Show", da apresentadora Trisha Goddard --que é negra--, exibido pela rede de TV "NBC".

Para a surpresa do ativista, o teste revelou que Cobb tem 14% de ancestralidade africana, especificamente da África subsaariana --os outros 86% seriam de origem europeia. Além do espanto do ativista, a revelação do resultado foi marcada pela animação da apresentadora, pelas gargalhadas de uma convidada também negra, e pelo delírio da plateia.

Ao ouvir o resultado, o ativista imediatamente tentou desqualificar o teste, dizendo que se tratava de "ruído de estatística": "Óleo e água não se misturam", disse. A apresentadora Trisha, então, rebateu dizendo "você tem um pouco de negro em você" e tentou cumprimentar Cobb, que recusou os cumprimentos por duas vezes.

O ativista também negou que seja da supremacia branca e disse que pertence à Igreja do Criador, conhecida por seu antissemitismo.

Depois, em entrevista ao jornal britânico "Daily Mail", Cobb disse que concordou em participar do quadro porque acreditava que o teste tivesse caráter científico. No entanto, segundo ele,  o teste foi usado de forma sensacionalista pelo programa, apenas para "promover o multiculturalismo".

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