Salvador é retratada em maquete no saguão do aeroporto

“Não existe escala real, mas de sentimento", explica o autor

Jandaraí Alves, 46, estava inquieta diante da redoma de vidro espesso que protege a maquete de 50m² da cidade de Salvador, obra do artista plástico Chico Di Assis. “Onde é minha casa?”, indagou ela, funcionária de serviços gerais do próprio aeroporto, depois de  tentar  localizar o bairro de Caixa D’Água que, infelizmente, não estava bem definido entre as casinhas de madeira. Mas quase todos os pontos turísticos da capital, incluindo a Igreja do Bonfim e a Ponta de Humaitá, e até aqueles ora esquecidos, como a Península de Itapagipe e o Subúrbio, estão lá e encantam. 

Maquete chama a atenção pelo realismo, apesar de não ter sido feita em escala: ‘Onde é minha casa?’, procurou uma  funcionária (Foto: Marina Silva)
Seis meses, 14 pessoas e inúmeras  placas de isopor fixadas em MDF representam a Salvador e Região Metropolitana que Assis só via da janela do avião e nos mapas que desenhava. “Não existe escala real, mas de sentimento. Desenhei os pontos mais relevantes, e tudo isso está dentro do interesse turístico”, explica o autor, atento aos comentários do público.

Próximo da escada rolante que liga o primeiro pavimento à praça de alimentação superior do aeroporto internacional de Salvador, transeuntes fitam por vários minutos a peça de 600kg descortinada ontem. Pedro Alexandre Avancini, 7 anos, e Guilherme Azevedo, 5, estavam eufóricos diante da  réplica do trem do Subúrbio em movimento, das tartarugas que simulavam o retorno ao mar em Praia do Forte e  no trio elétrico,  seguido por foliões com luzes de led. Eles também apontavam para a Praia do Flamengo, onde um deles mora. “Lindo, adorei”, comentou Alexandre. Roberto Fiusa, que acompanhava os garotos, elogiou a representação de Lauro de Freitas. “Achei a coisa mais linda do mundo. Quem chega na cidade tem uma visão dos pontos e pode escolher aonde quer ir”, frisou.

É Carnaval na Mini-Salvador! Trio puxa foliões iluminados por led na orla da Mini-Barra (Foto: Marina Silva)
Ao menos nos próximos seis meses, o trabalho permanecerá exposto 24 horas no espaço cedido pela Infraero. Para ser construído, foram utilizadas imagens capturadas pelo Google Street View, além de fotografias e desenhos à caneta. De acordo com Assis, os 10 mil itens que compõem o trabalho - incluindo um avião que sobrevoa a estrutura - não foram previamente projetados, mas sim, elaborados durante o processo de construção. Orçado em R$ 500 mil, será  uma espécie de mídia publicitária. Mas diante da sua beleza, qualquer anúncio será trivial.

Trem anda pelo Subúrbio da maquete. Beleza e capricho  nos mínimos detalhes da obra (Foto: Marina Silva)
Fonte: CorreiodaBahia

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