Inauguração de templo vira culto com políticos e 'ofertas'
Templo de Salomão, da Igreja Universal, foi inaugurado em SP com políticos como Dilma, Alckmin e Haddad e sugestão para que os presentes depositassem 'oferta' e 'pedidos a Deus' em envelopes
Uma ‘cerimônia-culto’ com um discurso fortemente calcado no combate às drogas por meio da fé, em detrimento de tratamentos médicos, com críticas veladas aos serviços de saúde e segurança e com coleta de “pedidos” a Deus e “ofertas” à igreja marcou na noite desta quinta-feira a inauguração do Templo de Salomão, em São Paulo. A construção faraônica, erguida pela Igreja Universal do Reino de Deus no Brás, na zona leste da capital, custou R$ 680 milhões e levou quatro anos para ser concluída. O templo tem capacidade para receber 10 mil pessoas sentadas e já é o maior espaço religioso do País.
Dilma se sentou ao lado do bispo e fundador da Universal, Edir Macedo, que, com indumentária típica do judaísmo – o quipá na cabeça e um manto – fez uma oração aos convidados após a coleta das ofertas e dos pedidos. Os jornalistas foram proibidos de entrar no templo – segundo a assessoria de imprensa da igreja, “porque lá (dentro) é um local sagrado, não um local de trabalho”.
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