Força Nacional faz segurança irregular de jogo de futebol na Bahia
Tropa de elite do governo federal e destacada para atuar sempre que a ordem pública é posta em xeque, a Força Nacional de Segurança Pública foi usada no início do mês em Buerarema, localizada a 450 km de Salvador (BA), para policiar a final de um pequeno torneio de futebol do município.
A pelada, organizada por alguns moradores com o apoio da prefeitura, transcorreu sem conflitos e sagrou vencedor o time Apolo 11 que, após empatar com a Força Jovem no tempo regulamentar, derrotou o adversário nos pênaltis.
Sob os olhos atentos dos homens da Força Nacional, os campeões receberam um troféu e R$ 2.000 para dividir entre os jogadores.
Enviada a Buerarema em agosto passado numa missão para pacificar a região, que vive um conflito entre fazendeiros e índios, a tropa foi convocada para policiar a pelada pelo chefe da Divisão de Desporto da prefeitura, Fredson Silva de Carvalho.
Em ofício enviado ao comando da Força em Buerarema, comunicou o local e horário da partida. Acabou atendido com o destacamento de oito homens para fazer a segurança no local. A Folha não conseguiu falar com Carvalho.
Questionada sobre o efetivo de homens que está atuando no município, a assessoria da pasta informou que, por uma questão estratégica e de segurança, o número não pode ser divulgado.
A pelada, organizada por alguns moradores com o apoio da prefeitura, transcorreu sem conflitos e sagrou vencedor o time Apolo 11 que, após empatar com a Força Jovem no tempo regulamentar, derrotou o adversário nos pênaltis.
Sob os olhos atentos dos homens da Força Nacional, os campeões receberam um troféu e R$ 2.000 para dividir entre os jogadores.
Enviada a Buerarema em agosto passado numa missão para pacificar a região, que vive um conflito entre fazendeiros e índios, a tropa foi convocada para policiar a pelada pelo chefe da Divisão de Desporto da prefeitura, Fredson Silva de Carvalho.
Em ofício enviado ao comando da Força em Buerarema, comunicou o local e horário da partida. Acabou atendido com o destacamento de oito homens para fazer a segurança no local. A Folha não conseguiu falar com Carvalho.
Policiais da Força Nacional fazem segurança em jogo de torneio em Buerarema, na Bahia |
Em nota, o Ministério da Justiça disse que a Força Nacional não deveria ter sido usada para policiar o evento esportivo. Por isso, um procedimento foi aberto para apurar o que aconteceu.
Questionada sobre o efetivo de homens que está atuando no município, a assessoria da pasta informou que, por uma questão estratégica e de segurança, o número não pode ser divulgado.
Na cidade de 18 mil habitantes, a Força Nacional deveria atuar na pacificação de conflitos envolvendo a disputa de terras entre tupinambás e produtores rurais. Reivindicando a demarcação de terras, os indígenas têm invadido fazendas.
A situação gerou uma onda de violência. Assassinatos, tanto de índios quanto de fazendeiros, vêm sendo registrados nos arredores do município.
Em dezembro, moradores da cidade fizeram um protesto e chegaram a bloquear a BR-101. Eles pediam medidas mais efetivas das autoridades para promover a pacificação do local, entre elas a criação de bases policiais para tentar conter os conflitos.
Longe de Buerarema, integrantes da Força Nacional foram enviados recentemente para missões no Maranhão e no Amazonas.
No Estado governado por Roseana Sarney (PMDB), a Força está atuando no complexo prisional de Pedrinhas para tentar conter os confrontos entre presos de facções rivais. No local, detentos foram decapitados e os condenados chegaram a gravar um vídeo com as cenas de selvageria.
No Amazonas, a Força atua no município de Humaitá (590 km de Manaus), região onde está localizada a reserva indígena Tenharim. No final de dezembro três moradores desapareceram e o local se transformou em mais um palco de conflito entre índios e não-índios.
Fonte: Folha
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