‘Eu vi meu filho morrer’, desabafa mãe de jovem morto na Linha Amarela
- Meu marido e eu estávamos na laje de casa, limpando e pendurando roupas quando eu vi a carreta bater na passarela. Foi nesse momento que vi meu filho sendo arremessado. Eu o reconheci pela roupa - contou.
- Sempre vi os caminhões passando aqui correndo muito, mas não dava para pensar numa desgraça assim. Meu filho era um rapaz cheio de sonhos. O melhor filho que uma mãe poderia querer. Comecei a amá-lo incondicionalmente quando ele ainda estava na minha barriga - disse a mulher, chorando muito.
Falta de apoio
O corpo de Adriano foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML), no Centro do Rio. Parentes do rapaz foram até o órgão fazer a liberação do cadáver. Tio de Adriano, Luís Carlos de Assis Bezerra, de 50 anos, reclamou da falta de apoio por parte da Lamsa - concessionária que administra a Linha Amarela - e da Prefeitura do Rio.
- Ninguém da Lamsa nem da prefeitura nos procurou para nos dar qualquer apoio. Meu sobrinho era um rapaz trabalhador. O mínimo que poderiam fazer era nos dar um pouco de apoio. A família está arrasada. Foi graças à empresa em que meu sobrinho trabalhava que conseguimos resolver tudo em relação ao sepultamento - disse ele.
Polícia Civil investiga
— É um caso sério e vamos correr para apurar o que de fato aconteceu. Por isso, solicitamos que todos as testemunhas se encaminhem à delegacia para prestar seus depoimentos — disse Asty.
O delegado aguarda a liberação médica das vítimas sobreviventes para que sejam ouvidas. Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) realizam a perícia no local do acidente.
O trânsito nos dois sentidos da Linha Amarela permanece bloqueado pela queda da passarela.
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