Intrépido, “Pânico” ri de si próprio com “Pânico na Bunda”

Gui Santana
Gui Santana
Fazia tempo que o “Pânico” não divertia sua plateia. O programa deste domingo, 22, estava deliciosamente sádico. Desde que migrou para a Band, foram poucas as edições que atingiram esse feito.

Em evidência estava a disputa entre dois novos quadros, “A Praça é Grossa”, em alusão à atração de Carlos Alberto de Nóbrega, e “Pânico na Bunda”, uma sátira-escracho do próprio “Pânico”. Venceu o segundo, idealizado por Guilherme Santana.

Poderia soar nonsense, uma vez que o quadro partiria da premissa de fazer piadas das próprias piadas, o que não aconteceu. O “Pânico na Bunda” é humor impudico, o mesmo que projetou a turma de Emílio Surita na TV. Aliás, a essência do “Pânico” está exatamente aí. Pena que nos últimos dois anos andou meio perdida, ou deixada de lado.

Gui Santana, aliás, não surpreendeu. Apenas comprovou o quão talentoso é. Ex-MTV, Santana é da escola que formou humoristas como Marcelo Adnet, Dani Calabresa e Tatá Werneck. A sua cara de pau e brilhantismo cativam. Perfeccionista, transitou bem entre os vários colegas que se pôs a homenagear – Surita, Ceará, Bola… Um Humorista com agá maiúsculo. Muito boa também a intérprete de Sabrina Sato.

Na edição de ontem vale ainda destacar, como sempre, o “Ixxxquenta!”, da Regina Ralé (Wellington Muniz), e a cobertura do Rock in Rio, com Zeca Tamagro (Márvio Lúcio – sempre irretocável) e David Brazil (Eduardo Sterblitch).

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