Renan Calheiros cancela ida de comissão do Senado à JMJ

Evento da juventude católica ocorrerá no fim deste mês no Rio de Janeiro.
Presidente do Senado informou que quer evitar gastos com a viagem.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou nesta terça-feira (16) em plenário o cancelamento da viagem de grupo formado por senadores à Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, no fim deste mês. Segundo Renan, a viagem dos parlamentares foi cancelada para evitar gastos com passagens aéreas e hospedagem dos senadores na capital fluminense.

O cancelamento ocorreu após pedido feito pelo próprio coordenador e autor do pedido de formação do grupo, senador Pedro Simon (PMDB-RS). De acordo com a assessoria de imprensa da presidência do Senado, ao menos seis senadores iriam participar da JMJ.

“Criamos uma comissão representativa do Senado Federal para representar o Senado durante a visita do Papa. Essa comissão cresceu bastante. Portanto, ela não vai se constituir. Está cancelada. Todos os senadores estão convidados, mas nós não vamos custear despesas com passagens nem com hospedagem nos hotéis do Rio de Janeiro”, disse Renan.

O evento reunirá milhares de jovens católicos de vários lugares do mundo de 23 a 28 de julho, no Rio. Será a primeira viagem internacional do Papa Francisco.

No começo deste mês, o presidente do Senado se envolveu em polêmica após utilizar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir ao casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (AM). Depois, anunciou que devolveria aos cofres públicos R$ 32 mil referentes à viagem que fez em 15 de junho.

'Ameaça à JMJ'
Mais cedo nesta terça, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou que as manifestações de grupos de pressão – protestos espontâneos da sociedade, como os ocorridos em todo país no mês de junho –, configuram uma “fonte de ameaça” à JMJ.

A avaliação da Abin consta em um painel de monitoramento do Centro de Inteligência Nacional, na sede da agência em Brasília, que foi aberta nesta terça-feira (16) para visitação de jornalistas a convite do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O painel mostra seis “fontes de ameaça” à realização da jornada no Rio de Janeiro: incidentes de trânsito, crime organizado, organizações terroristas, movimentos reivindicatórios, grupos de pressão e criminalidade comum.

O item “grupos de pressão” é o único classificado pela agência com nível vermelho de alerta. “Diante das ações dessa fonte percebidas no país nos últimos meses, associadas às ações internacionais relacionadas a grandes eventos desse teor, considerou-se tendência de manifestação positiva durante o evento”, informa o painel.

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