Danilo Gentili é o único ‘CQC’ a ter sucesso em programa solo; Relembre quem já tentou
No cerne do sucesso da atração está o perfil de seus integrantes, todos donos de um humor ácido e um raciocínio rápido para réplicas e trocadilhos que caíram no gosto popular. Na bancada, a presença de Marcelo Tas, um intelectual, trouxe credibilidade à trupe, que se especializou em divertir enquanto critica.
No entanto, não obstante todas estas qualidades, os ‘homens de preto’ que se aventuraram a deixar a atração nem sempre foram bem sucedidos. A rigor, nenhum deles o foi, com uma única exceção. Recapitulemos, então, as aventuras dos CQC’s longe de seu habitat natural:
Marco Luque e “O Formigueiro”
Aclamado pelos fãs do “CQC”, Luque foi um dos primeiros a tentar um ‘voo solo’ ao comandar em 2010 um talk show inusitado, onde contracenava com duas ‘formigas’ (Tana e Jura) e fazia com que seus convidados participassem de diversas brincadeiras.
A Band tentou fazer com que a atração deslanchasse, mas a audiência de “O Formigueiro” jamais empolgou. Com apenas cinco meses de vida e repercussão quase nula, o programa chegou ao fim e Marco voltou a exercer somente a função de ‘homem de preto’.
Felipe Andreoli e o “Deu Olé”
Hoje o cancelamento do esportivo “Deu Olé”, comandado por Felipe Andreoli. Ainda, porém, que a atração tivesse sobrevivido por mais tempo poderia ser tachada como um fracasso.
Com baixíssima audiência, o programa não atraiu o público que dele se esperava (especialmente o de telespectadores do “CQC” que se interessam por esporte) e tentou, sem sucesso, introduzir uma nova linguagem no formato esportivo.
O “Deu Olé” foi, do começo ao fim, apático e Andreoli, considerado um dos bastiões do “CQC”, também voltará a dar atenção exclusiva ao programa.
Marcelo Tas e o “Conversa de Gente Grande”
Nem mesmo o líder Marcelo Tas se salvou da “Maldição do CQC”. O careca também tentou ir além da bancada e estreou o “Conversa de Gente Grande”, programa onde interagia com crianças espertas que sabatinavam convidados ilustres.
A atração, embora bem produzida, explorou um formato amplamente conhecido e não empolgou, também amargando baixos índices de audiência, tanto aos sábados quanto nos domingos. Embora possa vir a ganhar nova temporada – hipótese improvável – o “CGG” não conseguiu tirar de Tas o rótulo de “CQC” e o público não se interessou em vê-lo em outro programa.
Rafinha Bastos e o “Saturday Night Live”
O caso de Rafinha Bastos é mais peculiar. Embora tenha obtido êxito em “A Liga”, programa do qual fez parte por um longo tempo, Rafinha não reencontrou o sucesso desde que deixou o “CQC” e a Band após uma polêmica – e sem graça – piada envolvendo a cantora Wanessa e seu bebê.
Com status de estrela, Rafinha se transferiu para a RedeTV! e importou o consagrado formato americano “Saturday Night Live”. A audiência da milionária atração, porém, quase nunca saía da casa do 1 ponto.
Numa RedeTV! desorganizada, o “Saturday” chegou a ir ao ar aos domingos e, mesmo se chamando “Live”, deixou de ser ao vivo. Turbulento, o programa durou menos de um ano no ar e Rafinha está fora da TV desde então.
Danilo ‘Imune’ Gentili e o “Agora é Tarde”
Danilo Gentili é, até agora, o único a conseguir deixar o “CQC” e criar sua própria identidade. Recentemente, seu “Agora é Tarde” completou dois anos de idade – um recorde para os ‘homens de preto’ que tentam voar -, sendo elogiado por público e crítica.
No programa, que mescla entrevistas e stand-up comedy, Danilo já recebeu convidados de diversas emissoras, protagonizou momentos memoráveis e conseguiu dar a sua cara ao programa. A audiência, pedra de tropeço dos colegas de Gentili, correspondeu ao ex-repórter do “CQC” e, não raro, Danilo alcança índices semelhantes aos do programa que o revelou, mesmo indo ao ar em plena madrugada.
Após 5 tentativas e apenas 1 sucesso, resta saber quem será o próximo – ou a próxima – a tentar aposentar a gravata preta e qual será o seu destino: o retorno à bancada ou a ida ao sucesso.
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