Movimento Passe Livre volta atrás e decide fazer manifestação neste sábado
Grupos menores também marcam encontros e ações para o dia do jogo entre Brasil e Itália
Depois de informar no começo da noite desta sexta-feira (21) que não organizaria nenhum ato neste sábado, quando Brasil e Itália se enfrentam na Arena Fonte Nova, o Movimento Passe Livre de Salvador voltou atrás e decidiu fazer uma ação. A concentração começa às 14h no Campo Grande e os manifestantes seguem em caminhada até o Iguatemi - a Fonte Nova não está no roteiro.
Outros grupos também têm ação marcada para o sábado. Uma das manifestações inclui caminhadas a partir de 12h saindo do Iguatemi, do Cabula e do Rio Vermelho. Outro grupo não revela a rota que seguirá, por segurança, mas tem concentração marcada ao meio dia para o Iguatemi. Um terceiro grupo propõe seguir até a avenida Bonocô e lá fechar as duas vias.
Em São Paulo, militantes do MPL anunciaram que não vão mais promover protestos na capital paulista por conta do que considera que houve uma intervenção de "pautas conservadoras" nos protestos. O MPL de São Paulo, que existe desde 2005, luta exclusivamente pelo passe livre e questões ligadas ao transporte público, segundo seus representantes.
Na página do grupo de Salvador, eles listam uma série de deliberações feitas em plenária. Segue a lista abaixo.
1. O Passe Livre é pauta prioritária do movimento
2. Assegurar Passe Livre para estudantes e desempregados
3. Auditoria das contas do metrô
4. Auditoria das contas “caixa-preta” do Setps
5. Reativação do Conselho Municipal de Transporte
6. Estabelecer o Conselho da Cidade com caráter deliberativo
7. Lutar contra a privatização da Estação da Lapa
8. Lutar pela municipalização do transporte
9. Lutar pela estatização das empresas de transporte
10. Assegurar transporte 24 horas
11. Lutar por uma melhor política de mobilidade urbana
12. Implantação de ciclovias em toda a cidade
13. Lutar pela Tarifa Zero
14. Auditoria dos gastos da Copa
15. 10% do PIB para educação pública, gratuita, e de qualidade.
16. Anulação da PEC 37
17. Lutar contra a criminalização dos movimentos sociais
18. 100% do Pré-sal e da Petrobrás para financiamento estatal
19. Aumento em mais de 100% nos alimentos de Cesta básica.
20. O repúdio do movimento à mídia golpista, que busca manipular o movimento
21. O movimento se articulará com as pautas das manifestações que estão ocorrendo nacionalmente
22. Fazer uma carta aberta com as pautas do movimento
23. Mobilizar de forma criativa, dialogar com grupos artísticos
24. Convocar demais movimentos sociais para compor as manifestações"
O evento é definitivamente APARTIDÁRIO e sem líderes. Busquemos sempre o consenso!
Protesto tem confronto entre manifestantes e PM
Os manifestantes que protestaram nesta quinta-feira (20) em Salvador foram para as avenidas Centenário e Adhemar de Barros, na Ondina, depois de passarem pela Barra. Antes, o grupo entrou em confronto novamente com a Polícia Militar no Campo Grande. A PM voltou a soltar bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Parte dos manifestantes seguiu para a região do Iguatemi - um grupo chegou a sentar na avenida ACM no trecho em frente ao shopping.
Na ACM, um motociclista que trafegava no caminho tentou invadir o movimento, mas foi cercado por manifestantes. Segundo testemunha que se encontrava no local, duas viaturas foram até lá e o trânsito ficou parado. Cerca de 200 pessoas protestaram na região. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes e aparentemente a situação já está normalizada.
Em Ondina, os manifestantes também chegaram a sentar no chão e acusam a Polícia Militar de dispersar um protesto pacífico com violência. Bombas de gás lacrimogêneo também foram usados no local e chegaram a invadir ônibus que passavam pela região.
Mais cedo, na região do Campo Grande, dois ônibus da Fifa foram apedrejados por vândalos em frente ao Hotel da Bahia. Objetos pegando fogo foram colocadas na rua para tentar evitar o avanço da PM, que estava com a cavalaria e o Batalhão de Choque no local. Manifestantes acusam a PM de truculência e dizem que o local chegou a ficar totalmente bloqueado.
Uma estudante de gás e petróleo ficou ferida nas nádegas depois de ser atingida por uma bomba de gás de lacrimogêneo. "Recebi a bomba e voltei para pegar isso (mostra resquício de uma bomba de efeito moral). Como posso confiar em quem deve me proteger, mas agride? Sou a favor de protestos sem violência", disse Jéssica Vieira, 20 anos.
O estudante de psicologia Victor Kaupatez, 25 anos, foi atingido por uma bala de borracha nas costas. "Estava no meio das manifestações, gritando sem violência, a polícia mandou a gente se retirar e quando saia de costas recebi a bala", contou.
Na praça, o pé de uma estátua foi pichado com "F... o sistema". Um papel colocado no local, no entanto, repudiava a atitude. "Vandalismo não nos representa", dizia.
O movimento saiu no início da tarde do Campo Grande, seguindo pelo centro e Dique do Tororó até a Arena Fonte Nova. Ainda no Dique, manifestantes e polícia entraram em confronto pela primeira vez.
O clima estava inicialmente tranquilo na região do Dique, mas bombas de gás lacrimogêneo começaram a ser jogadas pela polícia por volta de 16h50 para conter os manifestantes. Em resposta, foram jogadas pedras contra a polícia. Também há relatos de disparos de balas de borracha e pessoas feridas. Os manifestantes alegam que não tentaram furar o bloqueio e que a polícia partiu para cima lançando bombas.
Na região do Politeama, internautas compartilharam um vídeo que mostra um carro oficial do governo do estado passando no meio dos manifestantes, quando uma pessoa coloca a mão para fora e atira para o alto. O Governo do Estado informou que está apurando o caso.
Em Ondina, os manifestantes também chegaram a sentar no chão e acusam a Polícia Militar de dispersar um protesto pacífico com violência. Bombas de gás lacrimogêneo também foram usados no local e chegaram a invadir ônibus que passavam pela região.
Mais cedo, na região do Campo Grande, dois ônibus da Fifa foram apedrejados por vândalos em frente ao Hotel da Bahia. Objetos pegando fogo foram colocadas na rua para tentar evitar o avanço da PM, que estava com a cavalaria e o Batalhão de Choque no local. Manifestantes acusam a PM de truculência e dizem que o local chegou a ficar totalmente bloqueado.
Uma estudante de gás e petróleo ficou ferida nas nádegas depois de ser atingida por uma bomba de gás de lacrimogêneo. "Recebi a bomba e voltei para pegar isso (mostra resquício de uma bomba de efeito moral). Como posso confiar em quem deve me proteger, mas agride? Sou a favor de protestos sem violência", disse Jéssica Vieira, 20 anos.
O estudante de psicologia Victor Kaupatez, 25 anos, foi atingido por uma bala de borracha nas costas. "Estava no meio das manifestações, gritando sem violência, a polícia mandou a gente se retirar e quando saia de costas recebi a bala", contou.
Na praça, o pé de uma estátua foi pichado com "F... o sistema". Um papel colocado no local, no entanto, repudiava a atitude. "Vandalismo não nos representa", dizia.
O movimento saiu no início da tarde do Campo Grande, seguindo pelo centro e Dique do Tororó até a Arena Fonte Nova. Ainda no Dique, manifestantes e polícia entraram em confronto pela primeira vez.
O clima estava inicialmente tranquilo na região do Dique, mas bombas de gás lacrimogêneo começaram a ser jogadas pela polícia por volta de 16h50 para conter os manifestantes. Em resposta, foram jogadas pedras contra a polícia. Também há relatos de disparos de balas de borracha e pessoas feridas. Os manifestantes alegam que não tentaram furar o bloqueio e que a polícia partiu para cima lançando bombas.
O clima estava inicialmente tranquilo na região do Dique, mas bombas de gás lacrimogêneo começaram a ser jogadas pela polícia por volta de 16h50 para conter os manifestantes. Em resposta, foram jogadas pedras contra a polícia. Também há relatos de disparos de balas de borracha e pessoas feridas. Os manifestantes alegam que não tentaram furar o bloqueio e que a polícia partiu para cima lançando bombas.
Na região do Politeama, internautas compartilharam um vídeo que mostra um carro oficial do governo do estado passando no meio dos manifestantes, quando uma pessoa coloca a mão para fora e atira para o alto. O Governo do Estado informou que está apurando o caso.
Vandalismo
Dois ônibus foram incendiados na avenida Centenário, antes do túnel Teodoro Sampaio, e na avenida Leovigildo Filgueiras, no Garcia. Os manifestantes também colocaram fogo em entulhos. Agora à noite, outro ônibus foi incendiado na região do Vale do Canela, região que segundo moradores está sem energia. Um carro particular foi incendiado na Estação da Lapa.
Na avenida Sete de Setembro, a loja de óculos da Chilli Beans foi arrombada e saqueada. A porta da loja foi destruída e todos os produtos de mostruário foram levados pelos vândalos. Nenhum dos suspeitos foi identificado e preso. Uma loja de colchões que fica ao lado do estabelecimento também teve a porta violada, mas nada foi levado. Uma agência do Banco do Brasil nas proximidades teve um vidro quebrado. No Canela, uma agência do Bradesco também foi destruída.
Também há registro de vandalismo na manifestação em Nazaré: um grupo pichou paredes e quebrou janelas de um ônibus. Diversos pontos de ônibus e orelhões foram destruídos. Manifestantes montaram uma barreira de fogo em frente à Igreja de Santo Antônio da Mouraria para impedir o avanço da polícia no sentido Campo Grande.
No Hospital Geral do Estado (HGE), cinco pessoas deram entrada com ferimentos causados por balas de borracha. Seis pessoas foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No 5º Centro de Saúde, dez pessoas foram atendidas por conta dos efeitos da bomba de gás lacrimogêneo. Um manifestante foi preso no 5º Centro. A polícia foi chamada depois que ele tentou agredir um enfermeiro no local e, ao chegar, reconheceram que ele foi uma das pessoas a agredir policiais durante o protesto. "Não agredi policial, só tentei furar o bloqueio", disse o rapaz ao Correio24horas ao ser preso.
Manifestantes protestaram nesta quinta-feira |
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