Antes da volta às aulas, aprenda a lidar com o bullying

Um estudo realizado com dois mil estudantes de 5ª a 8ª série de todo o Brasil revelou que 49% dos alunos já se envolverem com algum tipo de bullying. Sendo que 22% deles foram vítimas, 15 % agressores e os 12% restantes foram tanto vítimas quanto responsáveis pelos atos.

Para diminuir o índice de bullyings entre os jovens no ambiente escolar, o Conselho Nacional de Justiça lançou uma cartilha [ baixar a cartilha ] que auxilia tanto os pais quanto os professores na prevenção deste tipo de violência. O mini manual de instrução foi desenvolvido pela psiquiatra e autora do livro “Bullying, mentes perigosas nas escolas”, Ana Beatriz Barbosa Silva e pode ser encontrado em todos os colégios.

Com a finalidade de esclarecer as dúvidas mais frequentes sobre o assunto, a redação do iGospel entrevistou o professor e sociólogo Cristiano Moura, formado pelas universidades PUC e UNISantana.


iGospel: O que é bullying?

Cristiano Moura: Bullying são todas as formas de intimidação e violência provocativas e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente. São provocadas por um ou mais indivíduos, que causam dor, angústia, sofrimento e traumas. Sempre com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa, que não tem a possibilidade e a capacidade de se defender. É realizado dentro de uma relação desigual de força. Normalmente, no espaço escolar é que identificamos o maior número de bullyings.

Quais sãos os tipos de bullying?


O bullying tem três categorias. Tem o direto, que é mais frequente entre meninos. Eles xingam, agridem, chutam. Tem também o indireto, que é mais comum entre as meninas, que tem como característica isolar a companheira e deixá-la de lado. Tem também o cyberbullying, usado na internet, que consiste em montar perfis falsos em sites de relacionamento, fazer montagens com fotos, ou difamação. Muitos segredos familiares são revelados pela internet e o aluno vira motivo de gozação. Vale a pena sempre lembrar, que tanto o bullying convencional quanto o cyberbullying são passiveis de reparação judicial. Muitas vezes, os pais são responsabilizados.


Quais medidas podemos tomar para evitar esse mal nas escolas?

Em primeiro lugar, reconhecendo o ato como bullying, ou seja, como um tipo de agressão que não é uma violência aleatória, ao acaso. O bullying é uma violência silenciosa no sentido de que muitos alunos não denunciam com medo de serem “as vítimas da vez” ou de serem excluídos. Nós como professores, sabemos que é terrível para um aluno ser rotulado ou não fazer parte de um grupo. Alias, para qualquer ser humano é complicado, até para nós adultos. Contudo, para os adolescentes, que estão em fase de autoafirmação, de desenvolvimento da identidade, é mais difícil. Reconhecer o bullying para combatê-lo é essencial. Não dá para continuar tratando casos de bullying como indisciplinas comuns.


Fonte: Raquel Tenuta – Redação iGospel


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