Acusada de esquartejar mulheres assume vender empadas de carne humana


Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, três pessoas foram detidas acusadas de esquartejar mulheres na cidade de Garanhuns. Mulher teria confessado vender empadas com a carne das vítimas


Três acusados de esquartejar mulheres em Garanhuns, foram detidos nesta quinta-feira (12) pela Polícia Civil de Pernambuco. O delegado Wesley Fernandes, responsável pelo caso, informou que uma das mulheres que fazia parte do trio assumiu usar a carne das vítimas para rechear empadas e vender da cidade que fica à 230 km do Recife. 

O trio que supostamente mantinha um triângulo amoroso, também é suspeito de ter cometido pelo menos três assassinatos em rituais macabros. A vendedora de empadas seria Isabel Cristina Pires da Silveira, de 51 anos, e teria confessado ao delegado que utilizava uma pequena quantidade de carne  desse ritual para rechear os salgados que vendia na cidade.

Além de Isabel, também foram presos Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 50, e Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25. Os três são acusados do assassinato de duas mulheres em Garanhuns: Gisele Helena da Silva, 31, e Alexandra Falcão, 20, tiveram os restos mortais encontrados no quintal da casa onde o trio morava, no bairro Liberdade, em Garanhuns. As duas vítimas estavam desaparecidas desde o início do ano.

Além das duas mortes em Garanhuns, a polícia informou acreditar que o grupo é autor de outro crime, ocorrido em Olinda, em 2008. Segundo o delegado, o trio teria criado uma seita macabra, cujo objetivo seria “conter o avanço da humanidade". “Segundo os envolvidos, eles participam de uma seita chamada Cartel. E que teria uma seita contrária que seria chamada de “M” (das "mulheres impuras"). Toda a culpa de eles estarem presos seria porque “M” interferiu nos planos deles”, revelou o delegado Wesley Fernandes. Ele também explicou como o grupo escolhia as vítimas. “Segundo eles, ao passar pelas pessoas, uma entidade alertava que eram pessoas más”, disse.

As vítimas seriam atraídas até a casa dos suspeitos através de uma falsa promessa de emprego de babá. A mãe de uma das mulheres encontradas em Garanhuns contou como a filha encontrou o trio. “Ela fez plano, ficou alegre e disse: ‘mainha, com o primeiro salário que eu receber vou fazer logo meu barraquinho. Compro os tijolos e depois eu vou juntando a mão de obra’. Mas a gente estranhou porque um salário e meio, aqui, ninguém paga”, falou Selma Maria Leandro da Silva, mãe de Alexandra da Silva Falcão, desaparecida desde 15 de março. Exames ainda vão confirmar a identidade dos corpos encontrados.

O delegado Wesley Fernandes disse que o trio já teria planos de assassinar outra mulher, moradora do município de Lagoa do Ouro, que fica próximo a Garanhuns. A polícia também achou a certidão de nascimento da criança de 5 anos que vivia com os suspeitos. Ela seria filha de uma mulher assassinada em Olinda.

A menina teria presenciado os assassinatos e revelado detalhes para a polícia. “Essa criança está no Conselho Tutelar, sob cuidados e vigilância do Juizado da Infância, que está tratando de todos os trâmites legais no sentido de conseguir um novo lar", informou o delegado.

Na manhã da quinta, a população de Garanhuns incendiou a casa dos suspeitos. "A população, com revolta e querendo se vingar, tocou fogo na casa achando que estava ajudando. Mas pelo contrário. Ontem mesmo, depois do depoimento que a gente colheu dos três autores, a gente descobriu que há possibilidade de ter provas de outros crimes lá”, falou o comissário Cristiano Holanda.

Publicação
O homem suspeito de comandar o trio nos assassinatos fez um livro, ilustrado e registrado em cartório, onde conta detalhes dos crimes e da vida dele. Nas páginas, há informações de que ele era formado em Educação Física e era faixa preta em caratê. A publicação também informa atos de canibalismo. Os três comeriam a carne das vítimas para "purificar a alma".

Entenda o caso
Um dos dois corpos seria de uma mulher desaparecida desde fevereiro; o outro, de uma mulher de 20 anos, que sumiu no dia 15 de março. Depois de as famílias das vítimas prestarem queixa na delegacia, a polícia chegou até os suspeitos quando uma fatura de cartão crédito chegou à casa de uma das mulheres. Imagens das câmeras de segurança de lojas onde as compras foram efetivadas mostravam os suspeitos.

As vítimas também teriam sido vistas perto da casa dos suspeitos antes de desaparecerem. A polícia conseguiu mandados de prisão e de busca e apreensão e, ao ser abordada, uma das suspeitas teria assumido os crimes e revelado o local onde as vítimas foram enterradas. 
*Com informações do G1
Fonte: Correio da Bahia

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