Amor sem escalas embute importantes reflexões sobre áreas conflituosas da vida


O nome do filme "Amor Sem Escalas" pode enganar muita gente, porque esse costuma ser nome de comédia romântica e esse tipo de filme é muito fácil de entender, lindinho, com mocinha e o mocinho juntinhos e felizes para sempre, mas com esse filme não foi assim.

Eu não gosto de filmes que zombem de minha inteligência como este gênero pressupõe, entretanto eu também sou um ser humano e gosto de me divertir com assuntos mais amenos, lembrando que o cinema tem também essa função, e surpreendentemente não foi o que aconteceu com essa trama.

Quanto à análise do tema, eu costumo fazer vínculos entre vários filmes que já assisti. Essa ação me estimula porque vou identificando características que me fazem entender melhor o que vejo, e no caso desse filme não deu pra fazer isso; outra surpresa, que me deixou bem aflita, era algo novo a ser explorado. A opinião inicial que tive foi apenas de estar diante de um filme muito bom.

Ryan Bingham (George Clooney) é um homem contratado pelas empresas para demitir seus funcionários, ele é muito frio com a família e a única coisa que ele pensa além de trabalhar e viajar é acumular milhas para ganhar o cartão top de aviação.

A irmã dele e o noivo dela têm sonhos de viajar, mas não têm dinheiro. Eles pedem que o personagem de George leve uma foto ampliada deles em isopor e esse modelo precisa ser colocado em vários locais turísticos, e ser tirada uma foto para que o casal tenha a ideia de ter estado lá, no melhor estilo do Anão de Jardim do filme Amélie Poulain.

Ele faz o que lhe é solicitado, mas não suporta a ideia de tirar foto com modelo da irmã e do futuro cunhado nos lugares onde ele visita. No final, após tantas reflexões a respeito da sua própria condição ele revê seus conceitos e faz muito mais para o casal.

Uma personagem de destaque no filme foi Alex Goran (Vera Farmiga), a versão feminina de Ryan. Eles têm um envolvimento durante o filme (com uma grande surpresa no final).

Natalie (Anna Kendrick) é uma moça recém-saída da faculdade e quer atualizar o modo como demitem as pessoas. Alega que gastam muito com viagens, alimentação etc. A moça diz que todo o trabalho poderia ser realizado por vídeo-conferência. A ideia de redução de gastos da empresa alegra os gestores. Apenas Ryan fica irado, e convence o chefe a levá-la com ele nas viagens para que ela entenda que esse trabalho, feito à distancia, não seria tão eficaz. Ele queria que a nova funcionária do ramo visse pessoalmente como as demissões funcionavam.

É um filme bastante atual, surpreende, é original... e superestimado por alguns, como se fosse um filme perfeito. Apesar de existirem coisas que me agradaram, posso dizer que também houve momentos que me desagradaram, mas prefiro manter nesse texto o que possa instigá-lo a assistir a película e chegar as suas próprias conclusões.


Roberta Trevisan é estudante de Cinema Digital, da Universidade Metodista de São Paulo e escreve toda semana na coluna CINEMA.

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